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Amo-te a ti, e a Deus.Teus sonhos são riquezas Talvez e fasto.Os meus, És tu, que me desprezas.Deixal-o.Amor acaso É racional Não é.O fogo em que me abrazo É como a luz da fé Que além de cega, apaga O facho da razão.Ama-se e não se indaga Se se é amado ou não.
Deus sabe se eu dos montes vi tambem Nos vastos horisontes mais alguem Nos tristes e risonhos dias meus, Se alguem vi mais em sonhos, que ella e Deus.Porém quem é que apanha o aereo véo Da nuvem da montanha, se é do céo Se á terra a nuvem desce, quando vai Tocar-se-lhe, desfez-se como um ai.
cinza, em terra, em nada, Meu sêr converte, ó luz, Mas sempre, sempre amada, Deliciosa cruz Em fumo se vai tudo, amigo Olhando Para as nuvens do céo, nuvens d aquellas, E parece-me ainda que mais bellas, Anda a gente fazendo e desmanchando.Dá-me uma saudade em me lembrando O bello tempo que passei com ellas, Por essa immensa abobada de estrellas, Por esse mar de fogo viajando.
bonita, meu amor Que perfeita, que formosa A ti pozeram-te Rosa, Não te fizeram favor.A rosa, quem ha que a veja Bandeando, sem gostar Mas por mais linda que seja A rosa, quando se embala, Não te ganha nem iguala A ti em indo a andar.A rosa tem linda côr, Não ha flôr de côr mais linda Mas a tua côr ainda É mais fina e é melhor.
importa digam-no É pelo fructo que a oliveira escolho.Minerva brada o pai d homens e deuses, És quem, de todos, sabes mais sem duvida No que não luza...mal fundada gloria.Ora se não sei eu quem foi teu pai Fidalgo sei perfeitamente bem.
olhos só elles valem Duas estrellas, bem vês Pois vozes que a tua igualem Na doçura, na pureza, Na terra, não, com certeza Agora no céo, talvez.Não ha assim perfeição, Não ha nada tão perfeito, Mas é um grande defeito O de não ter coração.
admira a mim que o sol, monarcha De indisputavel throno, e throno eterno Em céo e terra e mar Que em seu imperio o mundo inteiro abarca Abaixe á pobre flôr seu dôce e terno, Mavioso olhar.Não me admira a mim que a crystallina, Tão pura, onda do mar, que espelha a face Do astro creador, Que essas asperas rochas cava e mina, Á praia toda languida se abrace E toda amor Mas sendo vós um sêr mais precioso Do que onda e sol um anjo de poesia Inspirada e que inspira Que ás minhas mãos, das vossas, tão mimoso, Delicado penhor descesse um dia É que me admira.
Murcha a rosa que desgosto Só de lhe a gente bulir E essas rosas do teu rosto É em alguem te tocando Que parece mesmo quando Ellas acabam de abrir.Cheiro, o da rosa, esse não, Não é mais do meu agrado, Que o teu bafo perfumado, A tua respiração.
Sim, lagrimas d amor Vê n esse espaço immenso Os astros como estão Bem como eu estou, suspenso Por intima attracção.Porque ha quem os attráia É essa eterna paz Que a mim de praia em praia A suspirar me traz.Converte-me este inferno Em azulado céo, Ou quebra o laço eterno Que a tua luz me deu Ou antes muda em espuma De nunca estavel mar Esta alma que alma alguma Póde exceder em amar.
ainda o pranto corria E o cabello me batia No rosto, que me doía, Tal era a força do vento Já tudo tão pardacento A nevoa e chuva fazia Que eu olhava, mas dizia É nuvem ou penedia Aquelle vulto cinzento O mar brilhante algum dia Como prata luzidia Já ninguem o distinguia Da terra e do firmamento Uivar só é que se ouvia, Mas uivar sem sentimento E como em grande tormento Se desvaira a phantasia Fosse eu mar, disse valia Mais ser coisa bruta e fria, Como a rocha onde me sento.
embora o tempo gira.Um dia o botão, que aspira O ar da manhã...suspira E levanta o collo ao céo Vê vir raiando a aurora, Abre o seio á luz que adora, Correm-lhe as lagrimas, chora...Chora o tempo que perdeu Porque elle, Emilia não teme Que a luz da aurora o queime Elle suspira, elle geme Por vêr a luz que o creou.
Então, se por encanto Fallando em ti, mas só, Todo banhado em pranto Me visses, tinhas dó.Tinhas.A piedade É filha da mulher, Que sempre quiz metade D uma afflicção qualquer.Havias ao teu rosto De me apertar a mim, D encher, fartar de gosto, Todo este abysmo sim.
tambem a lua pára Se algumas vezes repara N uma nuvem menos clara, É um momento e...passou.Não ha existencia alguma Que não tenha amor nenhuma Porque o amor é, em summa, Essencia de todo o sêr.Ha sempre quem nos attráia.Mil vezes que a onda cáia, Ha uma rocha, uma praia Aonde a onda vai ter.
mas vejo o que Não sou eu tão tola Que cáia em casar Mulher não é rola, Que tenha um só par Eu tenho um moreno, Tenho um de outra côr, Tenho um mais pequeno, Tenho outro maior.Que mal faz um beijo, Se apenas o dou Desfaz-se-me o pejo, E o gosto ficou Um d elles por graça Deu-me um, e depois, Gostei da chalaça, Paguei-lhe com dois.
largo espaço Que te não vejo, espero Lhe contes o que eu passo N este aspero desterro Que assim que te não veja É noite fria e escura, Noite que mette inveja Á mesma sepultura Em acordando agora, O meu contentamento É vêr em cada aurora Um dia de tormento Podesse eu dar-te a prova Dos dias que me esperam, Lançando-me na cova Onde elles te pozeram Lançassem-me algum dia Ao pé, que de repente O coração te havia De ainda pular quente.
Has-de, cysne expirando alçar teu canto, Has-de lá quando a lua da montanha Te acene o extremo adeus, Voar, Candida ao céo, e ebria de encanto, No oceano d amor que as almas banha, Unir teu canto aos seus.Seus, d ellas, mãi e irmã, cinzas cobertas D um só jacto de terra.
palma A rosa, sendo uma flôr Sem voz, sem vida, sem alma, Que abre logo á luz da aurora E á noite esconde-se e chora Pelo sol, o seu amor.Ora e se a rosa, vê bem, Tem amor, não tendo vida, Será coisa permittida Tu não amares ninguem Suppões que Deus te agradece Essa isenção, minha flôr Deus a ninguem reconhece Por filho senão quem ama A terra e o céo proclama Que elle é todo puro amor.
córrego acima, Subo á ponta do penedo Que a vida só quem a estima É que da morte tem medo.A mesma tristeza anima A encarar a pé quedo A morte que se aproxima A tirar-nos do degredo, Que inda a gente se lastima De não acabar mais cedo.E alli sósinha chorando Me lembrava, ora a ventura Da minha infancia, inda quando Levava os dias brincando Ora a desgraça futura, Que me estava annunciando Não sei se a minha amargura, Se uma nuvem, grande e escura, Que se ia no ar formando E vinha já avançando, Como que á minha procura.
Bemdito seja Deus Além n aquelle serro Parece que raspou Com uma pá de ferro A terra que encontrou.Nem um só pé de trigo És lá capaz de vêr.Já eu disse commigo Como póde isto ser As arvores arranca O vento muito bem Serve-lhe de alavanca A rama que ellas tem.
desprezaes embora Culto e adoração De quem vos ama agora As dôres, essas não.Despe o luto da tua soledade E vem junto de mim, lirio esquecido Do orvalho do céo Tens nos meus olhos pranto de piedade, E se és, mulher irmã dos que hão soffrido, Mulher sou irmão teu.
tanta mágoa.Senão, diga-me alguem que allivio é este Que sinto, quando á abobada celeste Alevanto os meus olhos rasos d agua.Mentem os céos tambem Os céos maldigo.Feras, tigres, tambem o céo povôam Tambem os labios lá sorrindo côam Veneno desleal em beijo amigo Mas na dôr é que os astros nos sorriem, E os homens não sorriem na desdita.
mysterio é tudo Folhinha d herva, e estrella, Não ha comprehendêl-a É contemplal-a mudo.E a herva, como existe, A mim quem m o diria, Se a luz que me alumia Nem sabe em que consiste Mas uma coisa sabe O que a cabeça ignora O coração.
bello tempo aquelle em quanto pude Levar, como tu levas, todo o dia N essa vida chamada ingrata e rude Nunca soube o que foi melancolia, Nunca provei as lagrimas salgadas Com que a nossa alma as penas allivia Andava sim por essas cumiadas Ao sol, á chuva, muita vez, sósinho, Vendo os valles, das rochas escarpadas Descendo pelo córrego estreitinho, De pontal em pontal, cortando o matto, Pelas chapadas, fóra de caminho Mas não era que já o teu retrato Me andasse a mim no coração impresso, Onde hoje o trago no maior recato, E um desengano teu que não mereço Me tivesse tirado a fé tão dôce D alcançar algum dia o que appeteço.
queres um conselho que eu te dou Não mexas n isso...cala-te, Gaspar Que eu, cá por mim, bem sabes como eu sou, Mas é que outro talvez mande tirar Certidão de baptismo a teu avô.Deixa que ao romper d alva o cravo abrindo, Á rosa envie o aroma E lá quando alta noite a lua assoma, O rouxinol carpindo Que pela face a lagrima resvale De quem no exilio geme E quando a propria sombra o homem teme, Que a mãi seu filho embale.
Abraços, abraços Que mal nos farão Se Deus me deu braços, Foi essa a razão.Um dia que o alto Me vinha abraçar, Fiquei-lhe d um salto Suspensa no ar.Amores, amores.Deixál-os dizer Se Deus me deu flôres, Foi para as colher.Eu tenho um moreno, Tenho um de outra côr, Tenho um mais pequeno, Tenho outro maior.
quando penso bem n esse mysterio Da virtude infeliz vai teu caminho Dois mundos Deus creou.Deus não dispara a setta envenenada Á pombinha que aos ares despedira Com mão traidora e vil.Imagem sua, Deus não volve ao nada, Não aniquila a flôr que ao chão cahira Lá d esse eterno abril.
vol-o dou.E lá do espaço immenso Se amada estrella olhar piedoso envia A quem da terra a adora Se o sol aceita á flôr humilde incenso Ha no amor tambem muita poesia...Minha senhora Thuribulo suspenso inda fluctuo, Em quanto a alma em incenso restituo Mas, quando como fumo que se esvai, Minha alma vás teu rumo.
reduz a nada um grão d arêa, E havia de a nossa alma, a nossa idêa Nas ruinas do pó ficar perdida Isso que pensa e quer até me admiro, Isso que a luz nos traz, que a luz nos leva, Isso que me abre o céo que ao céo me eleva N um teu cançado olhar, n um teu suspiro Onde, não sei eu bem, mas sei que existe Deus remunerador.
Deixa que ao espaço immenso os olhos lance O sol antes que expire Que pelo norte a bussola suspire E nelle só descance.Amam leões e tigres.Não ha nada, Anjo que a amor se esconda.Beija a pomba o seu par e abraça a onda A rocha inanimada.Deixa que a nuvem negra tolde a lua Se a leva a tempestade Deixa que eu te ame a ti, cara metade, D esta alma toda tua Maria vêr-te á porta a fazer meia, Olhando para mim de vez em quando, É o que n esta vida me recreia.
Sois feiticeira enfeitiçaes d amores.Enfeitiçaes que a formosura, crêde, Não vem da face avelludada e bella A formosura vem só d alma é d ella Que brota a fonte que nos mata a sêde.Vós sois velhinha, já não tendes côres Que o rosto animem e que os olhos prendam, Mas tendes prendas que o amor accendam, Tendes ainda no inverno.
baixo, abala, Deixa em podendo o collo Tão terno que te embala, E vem-me dar consolo.Como essa imagem pura Ah sobrevive ao nada E escapa á sepultura, Tão fresca e perfumada Nunca uma noite eu deixe De estar a vêr que existes, Em quanto me não feche O somno os olhos tristes.
Peço perdão, commovi-me E n um extasi sublime Lagrimas de penitencia, Como um balsamo, uma essencia, Purificam-me e senti-me Com uma nova existencia.Ólho as nuvens esvaíam-se Os roncos do mar ouviam-se, Mas já mais de espaço a espaço.O sol ainda tão baço, De luz tão pouco brilhante, Que se media a compasso Como a cara d um gigante, Descobre-se e resplandece Ao longe o mar apparece E tudo, mar, terra e céos Tão formoso me parece, Como se agora tivesse Sahido das mãos de Deus No rochedo onde descança Meu corpo desfallecido, O verde musgo, vestido Sempre da côr da esperança, Agora reverdecido, Me ensina a ter confiança N esse que do céo nos lança Em dia tempestuoso, Só para nosso repouso O arco da alliança.
Talvez do solio ethereo Nem baixe os olhos seus.Respeita-os, tapa-os, como Japhet e Sem, o pai...Pende, sagrado pomo A vista ergue-se e cai.Ergue-se e cai, conforme A lei, que o manda assim.Ergue-se e...Dorme, dorme, Vergontea de marfim Mas dize o espelho a imagem Te estampa mal te vê Beija-te o seio a aragem, Doira-te o sol porquê Não segue acaso a sombra Teu corpo sempre, flôr E pois, porque te assombra Meu insensato amor Ás vezes passas tremula Como sagrada luz E os olhos dizem vemol-a Como no alto a cruz.
flôres.A Rosa trouxe-me rosas E nada mais natural, Mas eu prendas tão mimosas É que não tenho inda mal.Quando tinha, se me désse, Não digo mais que uma flôr, Talvez de flôres lhe enchesse Esses cofrinhos d amor.Aguas passadas, Rosinha Deixal-o veja se vê N este chão que já foi vinha Coisa que ainda se dê.
valle, ambas irmãs, nascidas fomos És como eu sou E amamo-nos, e flôres ambas somos, Mas eu não vôo.A ti leva-te o ar prende-me a terra A mim e eu Como hei-de perfumar-te em valle e serra, E lá no céo...Mais longe inda tu vás, por outras flôres.
lindo pé que tens, Maria Esse quadril tão largo, e cinta estreita, Me não vinha á idéa noite e dia Esses encontros de mulher perfeita, Esse peito redondo e arqueado Como o de pomba farta e satisfeita.Talvez vivesse então mais socegado, Ou já que minha sorte é sempre triste Ao menos não andasse enfeitiçado.
loureirinho, Que era o que havia só, Encontra-o no caminho, Ia-o fazendo em pó.D aqui passa, á maneira Assim d um caracol, Áquella farrobeira Põe-lhe a raiz ao sol.Aquelle enorme tronco Quiz resistir, depois, Ouviu-se um grande ronco, Quando o eu vejo em dois.
nuvem da manhã resplandecente, Manto real de sêda delicada, Cada fio um grilhão que prende a gente.Bem podias, Maria andar tapada Só com o teu cabello, á semelhança Do sol em nuvem de manhã doirada.É tudo encantador.A gente cança, Cança de estar olhando e sempre vendo Um novo encanto a cada olhar que lança.
tambem, Amparando-me tu a mim nos braços, Eu seguia-te os passos, Fosse por onde fosse E d essa sorte Até a morte Me seria dôce.Dorme, estatua de neve, Vergontea de marfim Tocar que impio se atreve No que é sagrado assim Dois são o mais, mysterio Vedado á terra.
Depois a rosa em abrindo Vai-se-lhe o cheiro tambem A tua bocca em te rindo Só o bom cheiro que exhala...E quando fallas, a falla, Isso é que a rosa não tem.Ella o que tem, meu amor O cheiro, a côr e mais nada.Confessa, rosa animada Que és outra casta de flôr.