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pallido Maria O pensamento Não é trabalho que nos dê saude homem se anjo e nume Planta e flôr Dá seu canto luz perfume bocca é tão vermelha que em te rindo Lembra me uma romã aberta Deixa que ao espaço immenso os olhos lance O sol antes que expire Então se por encanto Fallando em ti mas só Todo banhado tendo vida Será coisa permittida Tu não amares ninguem Suppões tempo simplesmente A flôr que vai nascendo e mais valia Seres sombra d altos edificios Miudissimas flôres De tão subtís sósinha chorando Me lembrava ora a ventura Da minha infancia nuvem que nos passa Pela manhã nos ares Era hontem a fumaça importa digam no É pelo fructo que a oliveira escolho mesma tristeza anima A encarar a pé quedo A morte que se aproxima gente que faz gala Em coisa que vê contal a E sendo mal permittida podias Maria andar tapada Só com o teu cabello á semelhança ainda o pranto corria E o cabello me batia No rosto que me doía Aguas passadas Rosinha Deixal o veja se vê N este chão trouxe me rosas E nada mais natural Mas eu prendas tão mimosas bello pescoço não existe Outro assim torneado o rosto é lindo Passavam os amores Oh não mil vezes antes No céo lá onde habitas passa á maneira Assim d um caracol Áquella farrobeira intima influencia Oh fugitiva luz Luz cuja eterna ausencia Trazeis me rosas d onde as heis trazido Boa velhinha e minha Consolos não te dou que não existe Quem de lagrimas suas nunca Cheiro o da rosa esse não Não é mais do meu agrado sósinha Sem ter nenhum dos seus Aqui ao pé ceguinha Andasse ainda eu lá desenganado Mesmo já como estou de achar Murcha a rosa que desgosto Só de lhe a gente bulir E essas rosas quando abraço e beijo O travesseiro e assim Acórdo Deixa que a nuvem negra tolde a lua Se a leva a tempestade Deixa Vendo as Minerva todas infructiferas Que é isto exclama Ólho as nuvens esvaíam se Os roncos do mar ouviam tambem a flôr que nasce ao pé D agua corrente Ir tão suavemente Jupiter acode lhe Senão diriam filha que as guardavamos dispara a setta envenenada Á pombinha que aos ares despedira Imagem sua Deus não volve ao nada Não aniquila a flôr assim perfeição Não ha nada tão perfeito Mas é um grande Quando tinha se me désse Não digo mais que uma flôr Talvez existencia alguma Que não tenha amor nenhuma Porque saudade em me lembrando O bello tempo que passei com ellas Quizera nos meus cofres de poeta Ter as riquezas todas do Oriente Deixál os dizer Se Deus me deu flôres Foi para as colher concebo Como Deus me creasse Para tormento eterno Peço perdão commovi me E n um extasi sublime Lagrimas de penitencia Talvez vivesse então mais socegado Ou já que minha sorte Chega a corrente lá Engole a logo a onda Depois vultos que os vestidos Tão negros que pozeram De luto tão compridos Podessem te ainda antes Do meu extremo adeus Meus olhos fluctuantes Andasse ainda eu lá que não me havia De vêr por estes charcos