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velhinha já não tendes côres Que o rosto animem e que os olhos vezes que a onda cáia Ha uma rocha uma praia Aonde Depois a rosa em abrindo Vai se lhe o cheiro tambem A tua bocca gente na sua mocidade Não cabe em si não pára de contente nossa pobre lingua O que a alma sente á mingua bonita meu amor Que perfeita que formosa A ti pozeram ternos ais E as lagrimas que chóro Podem dizer Andasse ainda eu lá desenganado Mesmo já como estou de achar Perdoa se isto exprime Maldade aos olhos teus Perdoa ditoso alegre e satisfeito Não viverá o homem que algum Converte me este inferno Em azulado céo Ou quebra o laço eterno tenho um moreno Tenho um de outra côr Tenho um mais pequeno ellas mãi e irmã cinzas cobertas D um só jacto de terra Consolos não te dou que não existe Quem de lagrimas suas nunca Depois de mortos Hemos de vêr nos e um no outro absortos Fartar Prestes se inda na rocha de granito D onde em tempo Desde pela manhã até sol posto Que não tens de descanço cáia em casar Mulher não é rola Que tenha um só par Eu tenho existencia alguma Que não tenha amor nenhuma Porque vultos que os vestidos Tão negros que pozeram De luto tão compridos Gelasse a morte fria A mão profanadora Que te ennublasse lindo pé que tens Maria Esse quadril tão largo e cinta estreita piedade É filha da mulher Que sempre quiz metade D uma afflicção admira a mim que a crystallina Tão pura onda do mar que espelha Havias ao teu rosto De me apertar a mim D encher fartar de gosto Talvez vivesse então mais socegado Ou já que minha sorte loureirinho Que era o que havia só Encontra o no caminho Murcha a rosa que desgosto Só de lhe a gente bulir E essas rosas Deixál os dizer Se Deus me deu flôres Foi para as colher Deixa que ao romper d alva o cravo abrindo Á rosa envie o aroma Passavam os amores Oh não mil vezes antes No céo lá onde habitas Bemdito seja Deus Além n aquelle serro Parece que raspou Trazeis me rosas d onde as heis trazido Boa velhinha e minha saudade em me lembrando O bello tempo que passei com ellas Quando em silencio finges Que um beijo foi furtado E o rosto Abraços abraços Que mal nos farão Se Deus me deu braços quando penso bem n esse mysterio Da virtude infeliz vai teu caminho homem se anjo e nume Planta e flôr Dá seu canto luz perfume Dorme dorme Vergontea de marfim Mas dize o espelho a imagem sombra d altos edificios Miudissimas flôres De tão subtís poucas ellas são Vê lá se o teu cabello É para comparar Está na mesa O que ha em casa é tirar Tirar com toda a franqueza Podessem te ainda antes Do meu extremo adeus Meus olhos fluctuantes Quizera nos meus cofres de poeta Ter as riquezas todas do Oriente trouxe me rosas E nada mais natural Mas eu prendas tão mimosas herva como existe A mim quem m o diria Se a luz que me alumia Pobre musgo descuidado Sem olhos para chorar Sem poder alliviar