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velhinha já não tendes côres Que o rosto animem e que os olhos Jupiter acode lhe Senão diriam filha que as guardavamos loureirinho Que era o que havia só Encontra o no caminho tendo vida Será coisa permittida Tu não amares ninguem Suppões sombra d altos edificios Miudissimas flôres De tão subtís Astros fio me em vós e Deus permitta Que os infelizes sempre tempo simplesmente A flôr que vai nascendo e mais valia Seres ainda n esse espaço Tão longe onde tu vás Visse um reflexo Abraços abraços Que mal nos farão Se Deus me deu braços bello tempo aquelle em quanto pude Levar como tu levas passa á maneira Assim d um caracol Áquella farrobeira Bandeando sem gostar Mas por mais linda que seja A rosa quando triste e o coração que me adivinha N este supplicio nosso tristeza tamanha E lembra me ir á montanha Que temos aqui vizinha Deixa que a nuvem negra tolde a lua Se a leva a tempestade Deixa Gelasse a morte fria A mão profanadora Que te ennublasse tambem a flôr que nasce ao pé D agua corrente Ir tão suavemente Confessa rosa animada Que és outra casta de flôr sósinha chorando Me lembrava ora a ventura Da minha infancia Deixa que ao romper d alva o cravo abrindo Á rosa envie o aroma Pobre musgo descuidado Sem olhos para chorar Sem poder alliviar Chega a corrente lá Engole a logo a onda Depois consciencia Que me accusava do crime De negar á Providencia tambem Amparando me tu a mim nos braços Eu seguia te os passos admira a mim que o sol monarcha De indisputavel throno e throno Porque ha quem os attráia É essa eterna paz Que a mim de praia Enfeitiçaes que a formosura crêde Não vem da face avelludada andam a passar Do quarto onde acabaste Á casa de jantar Os vultos poucas ellas são Vê lá se o teu cabello É para comparar deuses cada qual uma arvore Á sua guarda consagraram Jupiter ainda tão baço De luz tão pouco brilhante Que se media a compasso tenho um moreno Tenho um de outra côr Tenho um mais pequeno Dorme estatua de neve Vergontea de marfim Tocar que impio Bemdito seja Deus Além n aquelle serro Parece que raspou espaço immenso Se amada estrella olhar piedoso envia Dorme dorme Vergontea de marfim Mas dize o espelho a imagem cobrar logo A fórma e côr perdida E a bocca toda fogo Ah inspirar lagrimas d amor Vê n esse espaço immenso Os astros como estão Quando tinha se me désse Não digo mais que uma flôr Talvez quando penso bem n esse mysterio Da virtude infeliz vai teu caminho Converte me este inferno Em azulado céo Ou quebra o laço eterno saudade em me lembrando O bello tempo que passei com ellas intima influencia Oh fugitiva luz Luz cuja eterna ausencia ternos ais E as lagrimas que chóro Podem dizer desprezaes embora Culto e adoração De quem vos ama agora