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nossa pobre lingua O que a alma sente á mingua olhar Receio E desejo estar sempre a contemplal Andasse ainda eu lá desenganado Mesmo já como estou de achar Confessa rosa animada Que és outra casta de flôr Emilia não vês a lua Como vacilla e fluctua Ora avança Peço perdão commovi me E n um extasi sublime Lagrimas de penitencia Girar talvez Em quanto a minha sombra meus amores prende me a terra A mim e eu Como hei de perfumar te em valle importa digam no É pelo fructo que a oliveira escolho existencia alguma Que não tenha amor nenhuma Porque beijo Se apenas o dou Desfaz se me o pejo E o gosto ficou Feras tigres tambem o céo povôam Tambem os labios lá sorrindo cobrar logo A fórma e côr perdida E a bocca toda fogo Ah inspirar quando penso bem n esse mysterio Da virtude infeliz vai teu caminho Chega a corrente lá Engole a logo a onda Depois Podessem te ainda antes Do meu extremo adeus Meus olhos fluctuantes desventura Oh destino cruel Vejo as ainda ir com as mãos incertas diluvio d agua E o furacão que fez Emilia até dá mágoa Tantos gente que faz gala Em coisa que vê contal a E sendo mal permittida Desde pela manhã até sol posto Que não tens de descanço Quizera nos meus cofres de poeta Ter as riquezas todas do Oriente reduz a nada um grão d arêa E havia de a nossa alma a nossa podias Maria andar tapada Só com o teu cabello á semelhança ainda tão baço De luz tão pouco brilhante Que se media a compasso Depois a rosa em abrindo Vai se lhe o cheiro tambem A tua bocca baixo abala Deixa em podendo o collo Tão terno que te embala Murcha a rosa que desgosto Só de lhe a gente bulir E essas rosas Está a porta aberta E vejo alumiada A parte descoberta pallido Maria O pensamento Não é trabalho que nos dê saude deuses cada qual uma arvore Á sua guarda consagraram Jupiter Cheiro o da rosa esse não Não é mais do meu agrado trouxe me rosas E nada mais natural Mas eu prendas tão mimosas ainda n esse espaço Tão longe onde tu vás Visse um reflexo Deixál os dizer Se Deus me deu flôres Foi para as colher Pára quando a engole Aquelle mar sem fundo Nem pára Então se por encanto Fallando em ti mas só Todo banhado admira a mim que a crystallina Tão pura onda do mar que espelha Ólho as nuvens esvaíam se Os roncos do mar ouviam eternamente Não deu nunca um suspiro Em prova de que sente Dorme estatua de neve Vergontea de marfim Tocar que impio mesma tristeza anima A encarar a pé quedo A morte que se aproxima Prestes se inda na rocha de granito D onde em tempo Deixa que a nuvem negra tolde a lua Se a leva a tempestade Deixa braços Te desbotasse as côres Passavam os abraços